segunda-feira, 17 de maio de 2010

A vida não é tudo isso. Às vezes você cansa de ser o que não é, sorrir quando não quer e mentir para ser feliz. Algumas coisas mudam, outras deveriam mudar mas não o fazem. Viver é o que? O medo mesmo de se viver, um passado que magoou que impede que você seja plenamente o seu presente. É o que? Se não é estar por aqui e ficar calado esperando que tudo acabe. Um dia você aprende que nisso se deve passar mentindo; porque as pessoas não suportam a verdade, porque você se importa demais com alguém e não quer magoá-la, porque desse jeito é melhor, então você mente para seguir esse caminho. Um dia você aprende também que nisso se deve passar sozinho; não para que você não saia magoado, mas para não magoar a outra pessoa. A vida nem sempre é divertida, nem sempre é alegria: o problema é quando a parte triste é mais intensa e vigorosa, e daí? De qualquer forma, já tive o suficiente das coisas que gostaria de experimentar: o que quer dizer "amor". Já amei o bastante e fui amado em troca. Na verdade, meus relacionamentos podem ser explicados pela teoria Hegeliana da tese, antítese e síntese. (foi um insight de agora há pouco). Na tese, tive uma garota há bastante tempo, minha primeira namorada: pueril e bonitinho; Antítese: sexual e erótico; Por fim, a síntese que é a junção das anteriores. Amor Hegeliano. O que me deixa um tanto quanto confuso, é que não existe nada para além disso. Na tese eu sonhava com a antítese, na antítese eu sonhava com a síntese - mas nunca imaginei nada além da síntese. Diria que esse último romance foi tudo o que já sonhei. Também posso dizer que sei o que acontece quando você alcança um sonho e ele acaba: eu não tenho mais sonhos, mas vivi o maior de todos eles.

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