segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Por que você? Por seu beijo; por seu cheiro; por seu corpo; por seus lábios; por seu sexo; pelas marcas vermelhas em sua pele depois do sexo; por seu olhar desconcertado quando digo que te amo; por sua cara de brava com dedo em riste; por seu orgasmo delicado e arfante; por seu calor que me esquenta debaixo das cobertas; por seu calor que me esquenta até ao suor, arfante, extasiado, na hora do amor, menina caliente; por seus olhos; por seu nariz; por suas mentiras, que tentaram me fazer feliz, eu acho; por você ter tentado me fazer feliz; por seu pé direito; por seu umbigo intocável; por sua voz ao amanhecer; por sua voz ao telefone; por sua voz calada; por sua indiferença; por seu amor; por seu toque; por seu medo; por sua incerteza; por suas crenças; por suas mãos; por suas frases de efeito; por sua preguiça mimosa; por seu abraço; por seu café; por suas caretas; por nossos sonhos; por nossos erros; por nossos enganos; por seus textos; por seus seios; por seus segredos; por suas roupas; por você sem roupa; por seus vícios; por seus livros; por seus discos; por seus sons; por seus silêncios; por suas crises; por suas brincadeiras bobas; por sua boca cheia de brigadeiro; por suas gordices; por sua falta; por sua presença; por conta dessa saudade; por conta desse desejo; por suas calcinhas coloridas; por sua cara de safadinha; por seus filmes favoritos; por tudo o que eu te disse sem mentir; por tudo o que você me convenceu; por tudo o que ainda não fizemos; por seu orgulho; por seus defeitos;

Por que isso? Porque se eu respondesse a essa pergunta com um simples “sim”, você conseguiria ler tudo o que eu disse ali em cima em meus olhos apaixonados. Porque você sabe o que eu sinto, sem eu precisar dizer, porque eu sei o que você sente, sem você precisar dizer. Porque somos isso – sem mais nada, nem ninguém. Eu acho. Porque eu posso estar errado, mas não vou me arrepender de ter acreditado nisso tudo.

Por que você? Por você!