quarta-feira, 5 de maio de 2010

Amanheceu definitivamente, está tudo muito claro - mais do que eu gostaria. Preferia estar dormindo, para ser sincero. Ouço carros com pessoas atrasadas para o trabalho, buzinas e muito barulho; pedestres apressados e pessoas esperando ônibus impacientes. Meus olhos ardem, estão muito tempo sem descanso e reclamam; as coisas ao meu redor parecem mais embaçadas do que de costume (não enxergo longe, mas hoje está pior). Fui procurar alguma coisa para comer e algum café, mais para passar o tempo do que para manter-me acordado - não tenho dificuldade em ficar de olhos abertos, mas sinto que deveria dormir. De qualquer forma, a hora de dormir já passou, agora vou esperar anoitecer novamente. Fiquei andando de um lado para o outro, a esmo, pensando no que fazer, em como fazer. Acabei por tomar meu café-da-manhã aqui perto, sem vontade alguma, sem fome e sem sede, apenas por praxe e nada mais. Essa manhã é como todas as outras, prefiro indubitavelmente o instante pouco antes de começar o dia, quando não se sabe se amanheceu ou amanhece, sabe? Pouca luz, mas uma inegável claridade; um azul muito peculiar no céu; um frio gostoso que não se sente durante o dia, nem durante a noite; um breve instante e já acabou; entre o dia e a noite; entre a claridade e a escuridão; Daqui a pouco o sono vem, quando menos eu precisar dele, ou seja, quando eu não puder dormir.

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