segunda-feira, 24 de maio de 2010

Acabaram os cigarros, acabou-se tudo, não tem mais música, nem beijos e abraços; não existem mais sequer mentiras e sorrisos improvisados; não há mais riso e gritos encarniçados; sem brincadeiras bobas e piadas sem graça; acabaram as noites calientes e os beijos apaixonados; nenhum gemido na noite gélida; sem orgasmos debaixo das cobertas; pés frios, pois só a quatro pés se esquenta alguma coisa; sem mais horas afoitas por causa do encontro de daqui a pouco; sem minha voz rouca em seu ouvido; sem seu olhar furtivo - a não ser o que está colado na parede como lembrança, restaram saudades espalhadas pelo quarto e a marca de seu amor em meu corpo. Restou alguma coisa além disso? Uma esperança incontida de lhe encontrar novamente ou alguém que me lembre incondicionalmente você. Restou um adeus entalado na garganta e um beijo estalado nos lábios, além de um coração pequeno e frio que, como o do Grinch depois do natal, aumenta seu tamanho e começa a bater só por vê-la passar.

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