terça-feira, 9 de março de 2010

Você pode correr para qualquer lugar no recôndito de sua metafísica pessoal, mas não foge à vontade de seu próprio corpo. Ou o que? Acha que consegue fugir de mim? Pois bem, tente. Sinta-se nas nuvens, você está voando e ninguém te segura, rumo ao infinito que é esse céu: eu tropeço na calçada e te faço dar com a cara no chão; vive de sonhos? Passe fome comigo quando seu sonho não nos puder sustentar. A vida é bela, mas eu me deterioro: será tão bonita quando você estiver velho caindo aos pedaços? Você ama? Coma chocolate! Ou espere que o corpo alheio se empolgue e caia no pecado da carne. A alma é pequena, a alma é pequena, sim! Não tem nada aqui que você faça de bom, minha querida. Não tem ideologia alguma capaz de substituir seu próprio corpo. Você pode negar, mas se eu quiser você faz. Eu sou o que dita sua vida, e não essas bobeiras que dizem por aí. O corpo em eterno estado de putrefação permito que você sonhe com suas metafísicas, apenas para divertir sua vida medíocre. E cuidado com o corpo alheio, somos todos imprevisíveis, ou incompreendidos - somos todos impossíveis.

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