quinta-feira, 15 de julho de 2010

Eu quero apertar sua mão e sair correndo por aí - sorrisos e caretas pela manhã. Fazer loucuras antes de começar o dia, andar de bicicleta em zigue-zague desviando estrelas, chocar-se com uma lua de qualquer planeta num ataque súbito de barbeiragem-e-foi-culpa-sua, e rir por conta disso (rir até que os três sóis desse planeta se ponham no horizonte de cores engraçadas). Chegar ao fim do universo infinito duas vezes antes que as luzes se apaguem e seja hora de dormir. Fazer piquenique nos anéis de saturno; brincar de esconder num buraco negro; cantar "I'm singing in the rain..." debaixo de uma chuva de asteróides! Sair correndo sem destino, por terra, céu e mar, sem ninguém que nos diga o que é possível e o que está apenas em nossa imaginação fértil de apaixonados ou loucos, que quer que seja (Mas é alguma coisa e das grandes!). Sem destino, ruas de terra batida, ruas de todo jeito. Andar para frente e para trás, andar em círculos - correr atrás de meu próprio rabo e não sair do lugar, mas segurar sua mão, onde quer que eu esteja. Mesmo que eu sinta medo, e minha mão comece a suar, espero sentir seu pulso entre meus dedos; mesmo que você tenha frio, e seus dedos estejam gelados, espero esquentar sua mão e tudo o mais (se é que você me entende, não é?). Sair correndo improvisando nossa felicidade, sem planos que possam ser frustrados e perceber, no final de tudo, que nosso improviso foi felicidade pura. Sem ensaio algum, saiu tudo como deveria ser: maravilhoso. Fecham-se as cortinas. The End.

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