domingo, 25 de abril de 2010

Taquicardia

Taquicardia é uma coisa interessante também. Sabe como é, algum estímulo aleatório faz seu coração bater forte e assustado, você começa a suar e ficar nervoso excessivo, a respiração acelera e o coração ainda não diminuiu. O melhor é sentir seu batimento cardíaco, é quase explodir a caixa torácica, ao contrário dos batimentos apáticos do dia-a-dia. Os motivos são os mais variados, mas geralmente tem a ver com alguma pessoa especial - um susto não conta, é um estímulo muito grosseiro, nesse caso - é olhar para a pessoa e ficar excitado (com ou sem conotação sexual, afinal, você não sabe explicar muito bem o que sente). Também é ver-se ser ignorado, taquicardia. Esperar uma ligação que nunca chega, taquicardia. Sonhar com a garota e acordar assustado, taquicardia. É a garota, taquicardia. Pensar nela, taquicardia. Vê-la com outro, taquicardia. Imaginá-la com outro, taquicardia. Saber que ela não quer mais ver você, taquicardia. Ela é minha taquicardia. Meu farmacêutico deve conhecer algum remédio contra isso. Não sei o que fazer com essa porcaria de taquicardia, não tem graça quando você fica sozinho engasgado com todo seu amor; tremendo de nervosismo e engolindo soluços e lágrimas. É agradável quando você segura a mão da garota e sente suas veias pulsando forte, ou são minhas próprias veias, não consigo diferenciar. Mas não quando o que você tem é uma mão imaginária e fria; um sorriso borrado; o calor gasto de um corpo feito de nada; Isso não tem graça, não é mais um clichê romântico, agora é doença. Meu coração está louco, logo pára por tanto bater. Causa mortis: infarto por ter amado.

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