sexta-feira, 30 de abril de 2010

Nessa rua ninguém passa, estou eu sozinho
não existem carros, nada além de meus passos
que passam largos e não olham para trás
porque não vem ninguém comigo, não mais.

Caminho sem nada nas mãos, nem sentimento vão
nem vou para lugar algum, não me sinto bem
deito no trilho do trem e vejo a vida passar
com uma mão na frente e outra atrás, sem malas.

Esta noite ninguém me chama, ninguém chora
também ninguém vive ou morre que eu não saiba
sinto todo o universo nas dobras dos meus dedos

Mesmo assim o chão escapa a meus pés sonolentos
tudo se dissolve e foge com esse maldito vento
me perdi pelo caminho, o mundo era na outra esquina

[estou andando no infinito, que pena que ando sozinho]

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