domingo, 6 de junho de 2010

Olhei fundo em seus olhos, procurei de cima a baixo alguma coisa lá dentro - baguncei todo o lugar tentando achar algo meu escondido em qualquer canto, poderia ser mesmo um pedaçinho ínfimo esquecido sem querer atrás de uma pupila, brincando com sua menina dos olhos, aliás, acho que ficaria feliz absurdo apenas por me enxergar refletido em sua retina. Contudo, não sei o que vi. Acho que não encontrei coisa alguma, afinal. Mas, demoro em aceitar essa verdade, porque é como não ter esperança. Veja que, apesar de pessimista, ainda tenho algumas recaídas esperançosas. Procurei em todo seu corpo algum sinal de meus dedos - marcas de nosso amor todo louco e empolgado em cima da cama e debaixo dela, pelo quarto todo. Quando lhe estendi a mão para ajudá-la a se levantar, tentei encontrar naquela toque simples algo mais que me gritasse para nunca mais soltar, procurei com tanto desejo seu amor por mim que quase encontrei! Veja que sinto seu cheiro daqui e fico louco por você; posso imaginar a textura de sua pele e seus cabelos caídos sobre meu corpo. Devo dizer, agora, que procurei com todas minhas forças alguma coisa naquele toque, mas, não pude encontrar nada ali. Guardei a lembrança ao lado de todas as fotos tiradas em momentos que você ia embora sem olhar para trás. Hoje está frio demasiado - adoro o inverno e seu frio cortante, mas, gostava mais quando você estava aqui comigo, em nossa cama, embolados em nossos cobertores, vinho, meu coração em brigadeiros que fiz para você, filmes e pipocas pelo quarto todo. (Pausa o filme, meu bem). Fazemos amor e tudo vai ao chão. (Junta a pipoca e dá play). Sorrisos, orgasmos e lágrimas. E meus pés não estão frios, porque nos esquentamos em amor, desejo e libido.

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