terça-feira, 1 de novembro de 2011

É uma proeza: amar tanto uma pessoa. É como um truque de mágica, um daqueles com cartas. Parece mentira. Uma piada de palhaço. Um lenço que sai da manga vazia. Parece o picadeiro em chamas pelos aplausos calorosos das crianças. É o riso sincero. A entrega completa. É uma proeza que só se vê no circo. A maquiagem exagerada do palhaço está borrada de tanto sorrir e o vermelho na ponta do nariz que já está roxo pela falta de ar e dor-de-barriga-borboletas-no-estômago-eu-te-amo. Amar é inacreditável. Parece mentira. É como o tombo e as calças largas, a alegria e as cores do circo, os sorrisos e a pipoca, algodão-doce e muita porcaria, coisas que cabem no picadeiro, que cabem na ponta dos dedos. É Como andar na corda bamba, sapateando, de costas e com os olhos fechados, prendendo a respiração, pensando em você. É o encontro do equilibrista, com seus sapatos enormes sobre a corda que rebola, e a trapezista, com seu bailado inacreditável sobre a cabeça de todo o mundo. Um encontro inimaginável, um beijo aéreo. Um beijo mágico. Tirei um coelho da minha cartola, ele olhou pra mim e disse seu nome. Amar é inacreditável.

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