quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Cor sem cor, que conheço de cor e não canso de decorar e aprender – mas que ainda não sei bem também. Mancha que marca minhas veias marcadas, mancha deixada para mim que marcou minha ferida intocada. Mancha que agora é minha e me deixou manchado. Marcas, marcas na garganta. Macas, macas.. Saudade só passado, cor sem cor, não me deixa só, passado.

Embolados, enrolados, largados em qualquer canto
amassados, corpos misturados que já nem sei também
quem sou eu, ou ela, onde acabo e ela começa
O que é aquilo ou de onde vem? Ô meu deus!

Embolados, bola de gente amassada que parece,
e ninguém entende nada, este pé é meu ou teu?
Nem tenho idéia que é pé, e o que cabeça,
onde que eu termino e você já começa.

Estou um pouco em mim e muito sou ela,
nós somos um só que parecem dois corpos,
em algum canto, sobre a cama, debaixo dela.

Estamos juntos e misturados, de pé e deitados,
mais que enrolados, apertados, enganchados,
de perto, mais perto, e bem embolados.

[Feito bola de gente]

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